As neurastênicas de meias passam amarelas
olham todas as direções e
aquela garota cuja máscara escorre no rosto em pó
e rímel com o suor enquanto dança seus olhos como se não vissem nada
em bolas de cristais
nos brincos
especial
como um cartão de crédito os cabelos voam voam voam
um exército de pescoços jovens de outras madrugadas e planetas mais roxos e ácidos que os drinks daqui cantam em uníssono como se sentissem: Alegria!
e de mãos dadas fazem amor ao mesmo tempo em que um champagne explode em microbolhas de
saias apertadas elas suam e esfregam o chão com as
sandálias.
nos rituais de fogueira e flauta dois amores lhe oferem o braço e sete mistérios em labiríticos pudores
de olhares que
não têm esperança
suas sombras são titânicas e seus seios alimentam lobos
pode cantar alterar seu estado de consciência e rezar mordendo os lábios que o que nunca houve seja em seus sonhos cintilantes e falsos como pó de brilhantina que cheiram em banheiros sujos, transpirando alcool e lou reed
os gritos metálicos da música arranham o teto num risco agudo e dolorido por mais que procure a saída abarrotada de cigarros e coxas grossas a empurram para o quarto-escuro onde tudo fede a urina e saliva grossa.
pequena como uma pedra no passado ela encerra mistérios de deuses e demônios, plumas de espírito e instintos baixos como os braços de um homem podem suscitar em sua fêmea.
Eles balançavam os pés no banco de metal e esperavam ela compor-se em roupas de sábado e juntos entraram numa barca voadora em velocidades alucinantes e beijos que nunca foram dados jogadas aleatoriamente as palavras sobrepujavam as que deviam ser ditas. Entre dentes apertados e narizes apáticos, a primeira alegria da noite era a lua enorme lambendo seu ombro e dizendo: cada vez que fechas os olhos, mentiras, mentiras! A segunda alegria da noite era o Vento embriagados um do outro cuspiam risos e esperma se fundiam em ruas escuras, embaixo de árvores enquanto formigas carnívoras subiam pelas nádegas e lhe mordiam
a nuca
os sinos dobram ela quer agarrar-se àquele pedaço de terra que um dia foi sua mas escorre, Scarlett, pelos dedos em pó de
memórias
Ao som do seu aal star preferido vai e volta pra faculdade de ônibus mas ele não está mas lá
esperando por seus cabelos presos num rabo de
cavalo
selvagem com uma cerveja na mão e o sorriso mais lindo do
bairro
não pega mais carona nem pergunta
sequer esconde que o pulso vivo da tua
seringa sempre
foi tola com ou sem dinheiro por aí emprestando desculpas como uma
piranha de plástico
prendendo os
cabelos.
30 maio 2010
26 maio 2010
poesia crônica IV
num acesso súbito ela disca para os números apagados
do estoquista de supermercado que é bobo e bonitinho e além disso
é sábado.
quando a voz dele atende rouca e solícita
desliga
apavorada sua frio pois
sabe que ele tem
identificador de chamada.
do estoquista de supermercado que é bobo e bonitinho e além disso
é sábado.
quando a voz dele atende rouca e solícita
desliga
apavorada sua frio pois
sabe que ele tem
identificador de chamada.
poesia crônica III
na hora do almoço sempre um lanche
rápido janta suspiros pra não perder o último capítulo
do livro
mais engordurado que o rosto da menina de cabelos curtos
são as páginas dos catálogos
telefônicos e mais engordurado que as páginas dos catálogos são os
bifes acebolados
da cantina
ela anota na ponta do caderno rosa
o número do celular do estoquista que sempre pisca o olho para ela
mas
não pretende realmente
ligar
rápido janta suspiros pra não perder o último capítulo
do livro
mais engordurado que o rosto da menina de cabelos curtos
são as páginas dos catálogos
telefônicos e mais engordurado que as páginas dos catálogos são os
bifes acebolados
da cantina
ela anota na ponta do caderno rosa
o número do celular do estoquista que sempre pisca o olho para ela
mas
não pretende realmente
ligar
poesia crônica II
durante o itinerário ela
pisa escorregadia
em pedaços de lixo
disputados por pombos
e pedestres os
estreitos espaços das vias
são ocupados por
nuvens anunciam
chuva de cacos de vidro
a cidade expele longas golfadas de fumaça ela caminha entre tosses e espirros
na paisagem cinza
fuma também cigarro
no cartão de crédito
da tabacaria
quando chegam
parace até
que as 10 unidades de pão de queijo
por um real
já estão frias.
pisa escorregadia
em pedaços de lixo
disputados por pombos
e pedestres os
estreitos espaços das vias
são ocupados por
nuvens anunciam
chuva de cacos de vidro
a cidade expele longas golfadas de fumaça ela caminha entre tosses e espirros
na paisagem cinza
fuma também cigarro
no cartão de crédito
da tabacaria
quando chegam
parace até
que as 10 unidades de pão de queijo
por um real
já estão frias.
poesia crônica
na hora do
expediente ela
recolhe unhas roídas alheias do teclado se entope
de cinzas e café derrubado invariavelmente
o lixo está
cheia
de ouvir a voz
da patroa
grita
com
os pequeninos
insetos invadem todo o sistema hardware e corroem
os restos de sanduíche que a menina de cabelos curtos derruba sempre
enquanto digita ATAS sugado o nariz
ela nunca fala
com ela.
expediente ela
recolhe unhas roídas alheias do teclado se entope
de cinzas e café derrubado invariavelmente
o lixo está
cheia
de ouvir a voz
da patroa
grita
com
os pequeninos
insetos invadem todo o sistema hardware e corroem
os restos de sanduíche que a menina de cabelos curtos derruba sempre
enquanto digita ATAS sugado o nariz
ela nunca fala
com ela.
24 maio 2010
virtual love
quando entro no yahoo
9 mensagens não lidas
ele manda notícias
esparssas e um
abraço
em anexo
diz que sente
muito e
até
viria se
até
viria se a gente se visse
no msn
ele mandaria um emotion
e tudo
resolvido
eu fico
esperando o próximo
fim de semana
pra ver seu face
book
e ler um
por
um
todos os
spans.
9 mensagens não lidas
ele manda notícias
esparssas e um
abraço
em anexo
diz que sente
muito e
até
viria se
até
viria se a gente se visse
no msn
ele mandaria um emotion
e tudo
resolvido
eu fico
esperando o próximo
fim de semana
pra ver seu face
book
e ler um
por
um
todos os
spans.
missão comprida
as extensões monolíticas
de pedras selam
a terra só
germina sementes quando a
água fecunda
santa ou suja sempre a mesma água cuja
essência é se contaminar enquanto limpa
e se flui para dentro da terra
purifica-se
mas se suja se a terra está nela
O Ar infla
conhece o mundo
do alto carrega os cheiros até
o nariz o pó
do oriente em
Fogo transmuta a matéria.
e alimenta-se dela Seu fôlego é o ar e seu oposto continuum é a Água
E todos dançam em harmonia no Homem que se Equilibra.
O fôlego da vida, as águas do espírito e o fogo do amor queimam e originam vida e a vida é o pó que tem alma manifesta
Eles não ignoram toda vida vêm dos seus próprios princípios.
E só não vive a máquina. A máquina não vive.
O homem tropeça em sua própria cauda
ocupado
em linhas
telefônicas
cobram impostos aos chicotes
elaboram rinhas
dizem que Estás atrasado
que são 08:05!
E entrega os elementos naturais da vida
viver nu
e à toa
em troca de dinheiro sujo.
O tempo
amigo do demo
crático
de pessoas que tremem perder seus dinheiros
se consolam em prazeres plásticos
e hipnoses perversas
televisivelmente
elaboradas para
jorrar esperma e
Jamais almejarem se auto-Criarem
Descorrere o Véu dos
Mistérius
Auspícios
da Divina Mãe
Deusa
Criadora
Terra
Os pássaros ao contrário
voavivem simples
as rapousas espontaneamente saltam
as víboras rastejam apenas
as plantas
brincam
de esconde-pétala
são doces
como
as
tangerinas
Mas o homem racional vive? Ocupado em
Bagatelas teus dias por desgastes clínicos.
E tudo gira em teu mundo torto numa dança louca de fúria feia ao som de buzinas e faces
distorcidas
gritam
de ÓDIO!
máquinas giram e
extraem todo tudo da terra e vomitam
fumaças
pretas em ondas
sanguinolentas
as prostitutas pútridas
esfregam
seus peixes
podres nos mercados
parlamentares corroem a matéria dos bosques e florestas extinguem toda a água pura
humildemente se contamina para nos limpar
o animal intelectual e seus demônios se embriagam de maldades
tétricas escoam miseravelmente a vida em ralos de ilusões vazias sonham
que estão ganhando ou perdendo
os dias
não voltam
mas
a DOR
que
brota
do ódio a
DOR
sua condição inequívoca
faz um desenho de horror na face
esvaída
da Terra
de pedras selam
a terra só
germina sementes quando a
água fecunda
santa ou suja sempre a mesma água cuja
essência é se contaminar enquanto limpa
e se flui para dentro da terra
purifica-se
mas se suja se a terra está nela
O Ar infla
conhece o mundo
do alto carrega os cheiros até
o nariz o pó
do oriente em
Fogo transmuta a matéria.
e alimenta-se dela Seu fôlego é o ar e seu oposto continuum é a Água
E todos dançam em harmonia no Homem que se Equilibra.
O fôlego da vida, as águas do espírito e o fogo do amor queimam e originam vida e a vida é o pó que tem alma manifesta
Eles não ignoram toda vida vêm dos seus próprios princípios.
E só não vive a máquina. A máquina não vive.
O homem tropeça em sua própria cauda
ocupado
em linhas
telefônicas
cobram impostos aos chicotes
elaboram rinhas
dizem que Estás atrasado
que são 08:05!
E entrega os elementos naturais da vida
viver nu
e à toa
em troca de dinheiro sujo.
O tempo
amigo do demo
crático
de pessoas que tremem perder seus dinheiros
se consolam em prazeres plásticos
e hipnoses perversas
televisivelmente
elaboradas para
jorrar esperma e
Jamais almejarem se auto-Criarem
Descorrere o Véu dos
Mistérius
Auspícios
da Divina Mãe
Deusa
Criadora
Terra
Os pássaros ao contrário
voavivem simples
as rapousas espontaneamente saltam
as víboras rastejam apenas
as plantas
brincam
de esconde-pétala
são doces
como
as
tangerinas
Mas o homem racional vive? Ocupado em
Bagatelas teus dias por desgastes clínicos.
E tudo gira em teu mundo torto numa dança louca de fúria feia ao som de buzinas e faces
distorcidas
gritam
de ÓDIO!
máquinas giram e
extraem todo tudo da terra e vomitam
fumaças
pretas em ondas
sanguinolentas
as prostitutas pútridas
esfregam
seus peixes
podres nos mercados
parlamentares corroem a matéria dos bosques e florestas extinguem toda a água pura
humildemente se contamina para nos limpar
o animal intelectual e seus demônios se embriagam de maldades
tétricas escoam miseravelmente a vida em ralos de ilusões vazias sonham
que estão ganhando ou perdendo
os dias
não voltam
mas
a DOR
que
brota
do ódio a
DOR
sua condição inequívoca
faz um desenho de horror na face
esvaída
da Terra
22 maio 2010
nada mais sábio que um brasil de frente ao mar
ela fala comigo numa pressa de telefone porque sou o último número
da sua lista
a noite em conta-gotas conta
comigo
todos já foram
dormir aconchegados em gastos travesseiros de penas
morais.
ela fala suave uma leveza de chumbo
graceja como quem pede pra ver com seus olhos de lince
além das
entrelinhas conta
um segredo íntimo
fazendo lentas
sinuo
sidades
com a voz
pergunta
pelo meu amigo
quase
sem interesse noto uma expansão
aflitivas nas
narinas expelem um horror de
solidão me vingo com respostas vagas
ela finge
estar satisfeita
e se alimenta da minha energia
do meu silêncio
que escuta
que deseja
mais da indiferença sonolenta que aliás
quer mais
do mesmo
dela
diz que lia na praia
usando (pequenos biquinis)
óculos
da sua lista
a noite em conta-gotas conta
comigo
todos já foram
dormir aconchegados em gastos travesseiros de penas
morais.
ela fala suave uma leveza de chumbo
graceja como quem pede pra ver com seus olhos de lince
além das
entrelinhas conta
um segredo íntimo
fazendo lentas
sinuo
sidades
com a voz
pergunta
pelo meu amigo
quase
sem interesse noto uma expansão
aflitivas nas
narinas expelem um horror de
solidão me vingo com respostas vagas
ela finge
estar satisfeita
e se alimenta da minha energia
do meu silêncio
que escuta
que deseja
mais da indiferença sonolenta que aliás
quer mais
do mesmo
dela
diz que lia na praia
usando (pequenos biquinis)
óculos
18 maio 2010
Fim de semana II
queria
sexo
um
amor marmelada
bandida rendia-me ante a derrocata já
eles românticos
heróicos
preferiam ir morrendo
tísicos
as vezes em que fui-me deitar com
suspirando socrática
a testa aristolélica
mente
franzida
no outro,
a válvula de escape,
franzino
e que fumava ópio
que quando me confundia ele era o mesmo antes
de me conhecer já quis vestido logo tirar a roupa
e fazer carícias em meu rosto
gelado dizia-me que estávamos
no Averno
e eu acreditava em tudo até
nas peças e nos perigos
de seguir sendo
quem amava mesmo
Um Espelho Doirado
de olheiras de amora
madura e cigarros
na boca um dia desses
cicatrizes seguirão as luzes
de janelas
obcecadas em
amores esparramados
na cama que se espreguiçam sem levantar sequer o dedo pra conseguir
fôlego
seguirei a luz dos bares
abarrotados e pedirei um copo de algo gelado
como curitiba
sexo
um
amor marmelada
bandida rendia-me ante a derrocata já
eles românticos
heróicos
preferiam ir morrendo
tísicos
as vezes em que fui-me deitar com
suspirando socrática
a testa aristolélica
mente
franzida
no outro,
a válvula de escape,
franzino
e que fumava ópio
que quando me confundia ele era o mesmo antes
de me conhecer já quis vestido logo tirar a roupa
e fazer carícias em meu rosto
gelado dizia-me que estávamos
no Averno
e eu acreditava em tudo até
nas peças e nos perigos
de seguir sendo
quem amava mesmo
Um Espelho Doirado
de olheiras de amora
madura e cigarros
na boca um dia desses
cicatrizes seguirão as luzes
de janelas
obcecadas em
amores esparramados
na cama que se espreguiçam sem levantar sequer o dedo pra conseguir
fôlego
seguirei a luz dos bares
abarrotados e pedirei um copo de algo gelado
como curitiba
17 maio 2010
ortografiolaringologistas
ele com
segue-me pra
brincar de pé
gapega com
migo
seaproximando da
qui persegrilos
arrapousado
na rua
ele vou o braço para pé
gar em mim em
quanto euoamava ele ou
via falar de poetas
que com
versavam
em lustres aluminis aluados
ajudoume a cava los eu que
falo da vida dos outros
falos conversíveis
falhas técnicas com sono
consoante
com dor de bar
riga.
segue-me pra
brincar de pé
gapega com
migo
seaproximando da
qui persegrilos
arrapousado
na rua
ele vou o braço para pé
gar em mim em
quanto euoamava ele ou
via falar de poetas
que com
versavam
em lustres aluminis aluados
ajudoume a cava los eu que
falo da vida dos outros
falos conversíveis
falhas técnicas com sono
consoante
com dor de bar
riga.
10 maio 2010
Ballet
Faz frio
na cidade ela dança
um corpo-pássaro de
asas tão abertas
descobre que voar é
às duras penas
até o alto
das cortinas que
como velas
se inflam como o vento e ela
gira
ávida
enquanto
pousa
nas pontas da sapatilha
pergunta
de repente
aos elegantes das poltronas
que observam:
que cidade é essa?
qual o nome dessa cidade?
seu corpo se repete pega
fogo
no teatro e as cortinas
se chocam: vermelhas!
enquanto etéreos
cisnes atravessaram
azuis o palco
de asas
tão serenas dançam
ao vento ela é toda
luz-própria no fogo
das sapatilhas
enquanto
as cortinas
de fumaça
finalmente se
fecham
na cidade ela dança
um corpo-pássaro de
asas tão abertas
descobre que voar é
às duras penas
até o alto
das cortinas que
como velas
se inflam como o vento e ela
gira
ávida
enquanto
pousa
nas pontas da sapatilha
pergunta
de repente
aos elegantes das poltronas
que observam:
que cidade é essa?
qual o nome dessa cidade?
seu corpo se repete pega
fogo
no teatro e as cortinas
se chocam: vermelhas!
enquanto etéreos
cisnes atravessaram
azuis o palco
de asas
tão serenas dançam
ao vento ela é toda
luz-própria no fogo
das sapatilhas
enquanto
as cortinas
de fumaça
finalmente se
fecham
05 maio 2010
espectros
seu rosto de mármore
mal me
vê
entre
as grades
pálida a lua
da janela
os raios
na noite bebem
longos goles de fumaça a
vida sem fim nem começo
como
aquela música
sempre a mesma
sonata
em dor menor as demais
existências
todas
soavam
como
eu mesma mas
ele
ainda
mal
me vê
mal me
vê
entre
as grades
pálida a lua
da janela
os raios
na noite bebem
longos goles de fumaça a
vida sem fim nem começo
como
aquela música
sempre a mesma
sonata
em dor menor as demais
existências
todas
soavam
como
eu mesma mas
ele
ainda
mal
me vê
04 maio 2010
primavera II
do outro lado do
balcão o entregador de
flores feito tulipas sutis
as mãos de margaridas marrons
os cabelos parecem sempre
sujos de terra o
nariz goteja orvalho
das folhas nas mãos passeiam entre
os meus olhares e os deles são
como um campo
de girassóis
seus dedos de
azaléias e boca begônia fazem
cócegas quando sorri
pra
mim
balcão o entregador de
flores feito tulipas sutis
as mãos de margaridas marrons
os cabelos parecem sempre
sujos de terra o
nariz goteja orvalho
das folhas nas mãos passeiam entre
os meus olhares e os deles são
como um campo
de girassóis
seus dedos de
azaléias e boca begônia fazem
cócegas quando sorri
pra
mim
02 maio 2010
moscobar
alegria de velho dura mais no
caixão de plástico os copos
amassados no lixo juntam
objetos
nem com tapa ela
sai do doce com
asas assadas dos
choques elétricos
do caça-
mosca
enquanto ela fala sua boca se enche de
saliva
respinga
na manga da
camisa
dele
caixão de plástico os copos
amassados no lixo juntam
objetos
nem com tapa ela
sai do doce com
asas assadas dos
choques elétricos
do caça-
mosca
enquanto ela fala sua boca se enche de
saliva
respinga
na manga da
camisa
dele
Óptemos por Mônica
Poemas sem título e sem coesão
Traga teu colchonete
todo dia em tua mochila aquela
pedra encontrada ao acaso
Três reis de copas pra uma viciada
em memórias
*
E se perguntassem
Em qual palha repousa tuas plumas
Serás vagem
leguminosa
cujos grãos deixei deitados
em copinhos c/ algodão
*
Sobreveio uma luz
Invadindo cortinas como
um bandido chamado
Longe finge
que nem ouve quando
Meu corpo se choca com o dele
***
Mulher
de muitas faces
se
cai
em tentação
floresce
num esquecimento de planta
XXXXX
um nome então
seria montículo
do pó de que é vestido
Algo arrastado
galgo o cadáver
algas de alumínio presas no cabelo
cauda de sereia
caule de uma flor seca
resto de garganta
silêncio e língua
o silêncio no fundo da tua língua
que me afoga
me inunda de saliva
salgada
donde se vê nada que não seja prata
e seca como a lua roendo ondas
onde tudo é líquido
quando eu derramada
já era velho detalhe
que vinha com o pacote
de bolachas
X
Penitentes
e Sub-Tenentes
Mantém conversas
Informais com seus entes
Mais queridos do além
[]
uma
gota
solta
-se
do
céu
do
seu
seio
salta
a seiva
se
derrama
também
está
nestas palavras
nas
calculadoras
e mesmo
com
puta
dores
em que escrevemos
estarão nus
inundados
de chuva
diante
de qualquer argumento
apaixonado
(mônicaginase)
Traga teu colchonete
todo dia em tua mochila aquela
pedra encontrada ao acaso
Três reis de copas pra uma viciada
em memórias
*
E se perguntassem
Em qual palha repousa tuas plumas
Serás vagem
leguminosa
cujos grãos deixei deitados
em copinhos c/ algodão
*
Sobreveio uma luz
Invadindo cortinas como
um bandido chamado
Longe finge
que nem ouve quando
Meu corpo se choca com o dele
***
Mulher
de muitas faces
se
cai
em tentação
floresce
num esquecimento de planta
XXXXX
um nome então
seria montículo
do pó de que é vestido
Algo arrastado
galgo o cadáver
algas de alumínio presas no cabelo
cauda de sereia
caule de uma flor seca
resto de garganta
silêncio e língua
o silêncio no fundo da tua língua
que me afoga
me inunda de saliva
salgada
donde se vê nada que não seja prata
e seca como a lua roendo ondas
onde tudo é líquido
quando eu derramada
já era velho detalhe
que vinha com o pacote
de bolachas
X
Penitentes
e Sub-Tenentes
Mantém conversas
Informais com seus entes
Mais queridos do além
[]
uma
gota
solta
-se
do
céu
do
seu
seio
salta
a seiva
se
derrama
também
está
nestas palavras
nas
calculadoras
e mesmo
com
puta
dores
em que escrevemos
estarão nus
inundados
de chuva
diante
de qualquer argumento
apaixonado
(mônicaginase)
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