26 maio 2010

poesia crônica

na hora do
expediente ela
recolhe unhas roídas alheias do teclado se entope
de cinzas e café derrubado invariavelmente
o lixo está
cheia
de ouvir a voz
da patroa
grita
com
os pequeninos

insetos invadem todo o sistema hardware e corroem
os restos de sanduíche que a menina de cabelos curtos derruba sempre
enquanto digita ATAS sugado o nariz
ela nunca fala
com ela.

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