Faz frio
na cidade ela dança
um corpo-pássaro de
asas tão abertas
descobre que voar é
às duras penas
até o alto
das cortinas que
como velas
se inflam como o vento e ela
gira
ávida
enquanto
pousa
nas pontas da sapatilha
pergunta
de repente
aos elegantes das poltronas
que observam:
que cidade é essa?
qual o nome dessa cidade?
seu corpo se repete pega
fogo
no teatro e as cortinas
se chocam: vermelhas!
enquanto etéreos
cisnes atravessaram
azuis o palco
de asas
tão serenas dançam
ao vento ela é toda
luz-própria no fogo
das sapatilhas
enquanto
as cortinas
de fumaça
finalmente se
fecham
10 maio 2010
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