o amor tem muitos inimigos
eles chegam cedo
soturnos assaltam
o seu coração
deixa-lhe frio como a cera de uma vela que apagou
escorre pra dentro e no fundo do oco do peito
você encontra o Sol
&&&
antes tarde do que nuca.
a parte do que usa
que se sua
do que se esquece que se sabe
que se dane
que atrase vaze que me espalhe
que em boca fechada não entra moça...
minha água mole em pedra dura
tanto arde até que com ferro será ferida, ou será margarida?
amarga vida ou simplesmente
amor?
&&&
(blues)
nervos
para sentir
o tempo
ou mesmo
um senso
passa um
curió
sidade
aspirina
andar sozinha
na
solidão sólida
das extensões
da cidade
abrir com dentes
já dormentes
cerveja um rasgo
raso a chuva
nos seus pés
molhados de
chão
em
pedra
fria
jorra da sua barriga
água santa
sangue
benta se banha
em amaro
vinho
minha
passarela
passaredo
paraíso
sou pedreiro
seu pedestre
construindo o nosso
ninho
mascando maus rumores
de antigos
amores cretinos
que lhe metiam sem dó
num trocadilho
e lhe cuspiam
na cara nos riscos
dos olhos
caninos
lambiam-se
um ao
outro...
se diziam
em verdade
vultos
da vera
cidade
em seus pequenos desenhos mesquinhos
em água clara verão
uma
cachoeira com sol
e a calma passageira
de uma mansidão que
grita o tempo todo
: goze, go, gol...
coma a gruta funda
ainda mais escura
que
a escuridão
e
acabe...
30 abril 2013
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