a noite nos olhos
brilhando de estrela até apagar
a vida o calor
azul menino
hare
o vulto dos vudus
zunindo nas senzalas
macia a massaroca
da índia
as ervas de cheiro
afeitam veludo das
rendas portuguesas
os povos são todos
de terra
de mãos e pés
de carne
seca
enquanto retiravam cacos de vidro
de dentro dos meus olhos
estou morto
o chicote estala nas costas do meu
cavalo há muitas vidas
quantas
pedindo esmola
o menino azul
de fome
faz crescer
vermes
na barriga
17 janeiro 2011
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forte e exotico
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