recolhendo as roupas do chão, acende um cigarro. sai passos de passarinha
pisando leve quase asas. amanhece o rosto de quem não dormiu.
escuto o bico do seu sapato. tic-tac no asfalto.
não me movo. deixo-me estar ainda com sono como pode levantar-se tão energeticamente cedo?
acolhido no canto da chuva rala rompida apenas pela aceleração do carro que se mistura a um nó
na garganta
lá fora à espera
espermática
dela o próximo cara, o outro.
os tantos outros que
hão de vir.
Só me resta ruminar o vago prazer deixado por seu beijo amargo desejo de ter seus seios novamente em minhas mãos.
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