a vida é longa. ele não sabe que ela pensa que é curta. ele liga ela não sabe o que ele pensa. apenas pensam em si
bemol.
esse nó enojado de amor começou de surpresa às pressas mas ninguém precisava se estrepar. com cuidado vão sondando um ao outro um mundo estranho nocivo cheio de novidades.
as mãos quentes o rosto faz questão de rir sozinho à toa notam-se notívagos no meio da música favorita dela. não sabe sequer seu endereço. sequer o nome, da rua por onde descem trôpegos e meio depravados sobem pelos galhos estreitos de uma árvore antiga arrancam os uivos que a noite guarda.
convida a menina para o bar mais próximo encontra outra, uma amiga, e diz ainda diz que vai se apaixonar um dia ela pedirá em suplica em silêncio num revoar de ciscos que os dias passem mais devagar; não precisa mais ver meus discos já sabia que não voltaria a ligar exceto por algum equívoco.
por que a gente não pode amar a grama macia do vizinho?
por que a gente não pode rir sozinho?
por que só você faz sentido o vestido
de cigana lendo
o fundo de um copo de vidro diluindo
o seu pão no meu espumoso
vinho?
08 outubro 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário