faz que vai e volta nos pés um
frio de calar os bolsos
das calças
vazios todos os bares os amigos
fechados
ela procura um
emprego amanhã
que pague bem! e trabalhe pouco...
a pouco seus olhos se
esbugalham
fuma até os cabelos
rebola as paredes tremem os dedos tremem
perder o que não tem
beija de mentirinha diz que é
algo que só encontra nas ruas nas bocas
de lobo exalando hálitos
de gente
depois
fica melancólica
as cólicas, as saideiras
siderais jogando roxo nas pálpebras
parece tão
sozinha
tão
natural
mente
e triste
que brilha
embaixo de qualquer poste
e há quem adivinhe
o medo nas pupilas
o sabor de sangue
embaixo da sua
língua
27 agosto 2010
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