09 junho 2010

Libélaluias

dentro do sol
incandescente nasce
um menino morto
ressurge de suas cinzas de
cigarro teus
dedos frágeis respirações
me arrepiam
a pele dos
ombros

as águas
sujas que o céu lavou cai nas plantas
dos meus pés molhados
pisam em pétalas
de flores estampadas no tapete da sala
dela a saia voa
sobre os joelhos cortados gotega uma poça de sangue de ferida
em flor forma uma
estrela de pus
Amarela e branca
como o sol da manhã

uma ernome coroa de Luz
na palma da tua mão
aberta
pousa uma libélula
que jamais serás Aleluia!
entretanto nos dias de chuva
Chora um silencio rompido
apenas
pelo
zunir
das asas
dela

Um comentário:

  1. Ressurge um insuspeito fulgor de cores VIVAS
    belo
    Belo

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