08 outubro 2013

Com licença, vou morrer no banheiro


impermanente,
impaciente
ou persiste ou já deixou de existir
e se tornou um rio diferente do rio que corre aqui

rio de lágrimas
e diante das nossas
piadas
eu rio antes
pedra depois

providencia, pois,
as evidências de
que na calada da noite
é que se nota
a finitude de um cigarro partilhado

que só não é maior que o nosso papo furado

o que eu quero mesmo
e sair com você daqui
subir, subir
até exausta
me deixar
quieta
no suor do seu braço

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