04 junho 2013

Foda-se o seu sobrenome
meu olho brilha bem mais
que seus diamantes

Foda-se seu carro 
Seu dinheiro
As cabeças que você pisou
ou seu pai, ou seu avô
por inteiro

Foda-se a sua cultura racista
Seu corpo escultural
e suas viagens paradisíacas

O meu universo é infinito
meus livros, meus amigos
e meu mundo
expande mais de
olhos fechados

Fodam-se os drinks que só você já provou
seus passeios em Amsterdã
suas fotos
editadas
no instangram
foda-se
sua merda fede
e vem da boca
ela soca
minha barriga oca

ainda não almocei
e vem você
com seu caviar e salmão
estragar meu prato
de arroz de feijão?

ainda não acordei e vem você
com seus sonhos prontos
embalados a vacuo
pagos no débito
descontados dos honorários
dos assalariados escravos
do seu Pai?

Ah vá tomar no meio do seu copo
que tem haste de ouro.
enquanto meu olhos
brilharem mais que
seus diamantes
serei sempre o mesmo rico
ou o mesmo
pobre de antes 

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