04 junho 2013

A curva mais bonita
da sua boca
A linha de raciocínio
sem saída

A vida dividida
metade ardil
meta de dívida

A parte do seu corpo
que me parte
me aparta de uma má sorte
e me opõe

em locais insalubres
eu vejo sua silhueta
dançando nua como uma gota
a se perder
na chuva
como um prece profana
ao silêncio brando
do esquecimento

Brandy ou licor
suas mãos me prendem
na própria curva
da minha cintura
e um leve tremor
em meus lábios
denuncia-me

Sinto os olhos secos
na boca um beijo pútrido,
espumante,
de cão hidrofóbico
morrendo de amor
e de ciúmes
de uma indiferente
donna mia

Nenhum comentário:

Postar um comentário