26 junho 2013

A cretina

árida
ariana
não
me arranha
neste arame
farpado

áspera
espartana
não me 
espalhe
em ossos e carne

justa
jactância
sua fuga
é sua ânsia

que não me falhe
meus filhos
não são
santos

que não me talhe
meus gritos
em
sânscrito

enquanto houver
sobras sobre
o prato de
comida

haverá fome
do outro lado
da avenina

mesmo se houver sorte
na partida
haverá dor
e ranger de dentes
em outra esquina

mesmo se sobrar
brilho e brilhantina
haverá sempre uma
cretina
a te
criticar

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