27 julho 2012

esse mal me envenenou 
sua seringa 
injetada projetou
amor e quando findou meu vestido 
se amofinou
que esse mal ainda
não passou
os amigos perdem a graça
o trem
esfumando a praça
e a festa já estava no fim
quando ele chegou...
me abraça, mas são braços de outros
me esforço, mas o cansaço vem
e tudo convence a parar
pra descansar
nas raízes de uma árvore antiga
que me diga que está tudo
bem

e que mesmo se ele voltasse
gentil me viesse sorrir
não valeria a pena
aquietar-me serena
em seus lábios
em seus cheiros...
já não seria nada além
de um mal de amor...


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