16 maio 2011

Negrume

quando teu punhal de prata rasgar o imbigo da lua

cairão negros anjos de estrelas
suaves na noite dura

asas de maripousarão

no coração pulsante de pecado e vida
oferecer-se-á
escandalosamente aberta
às tocaias
(aos aromas)
do amor

e há de escorrer na tua boca
o delicioso mel de minhas
pétalas

e os anjos
flutuarão em tuas veias
roçando suas asas leves
nos ossos nus
das suas costas

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