01 abril 2011

Maria de todos los Angeles

espalha
em seus sonhos
medonhos de eucaristias
cólicas católicas
medos que
se medem e depois, depois
metem e repetem

um beijo na mulher
do padre

seus cabelos
como dragões flamígeros
se enroscam compridos
lapsos de tempo no espaço
desatam diante dos olhos
atentos
das enterradas
vivas...

Maria
hidrofóbica
de cuja cabeça
morta
brotam flores
ígneas
sua vida
uma rua e um beco
sem saída

no quintal
Sierva Maria
brinca mandingas
descalço coas
negras repete loas de los
Angeles

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