degluto engulo e vomito
toda semente de homem todo medo da solidão é
meu
abro minhas pernas para dar
a luz ao
dia
o meu rebento
nasce envolto em brumas
que o Ar dissipa
minhas asas voam em direção
às trevas infinitas
minhas luvas são estreladas
e a água que bebo
é de Iansã
as chamas
vivas em meu ventre
é o Fogo, o Sol, da
Vida
da gruta
escura que esconde
anjos criam
raízes em
meu corpo de pó
e de terra
o planeta
em que pisas
e me olha a lua
que não brilha
eu sou a Mãe do
Filho
eu sou a sacerdotisa
do Pai
humildimente
me curvo
me humilho
e jorro
meu líquido
nos mistérios
da vida
dou-te de beber
do cálice profano
da minha
virilha
te embreago
te enlaço
te Inicio
na
Suprema
Ciência
do bem,
meu bem,
e do mal
nosso
romance
astral
25 outubro 2010
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