ele passa com pressa nunca
me nota ao seu lado eu páro
o solitário
olho pra ele e além
dos seus finos traços fincados
nos ossos ele diz que está
publicando estrelas que explodem, ascendem e apagam rápidas
se tornam buracos negros
para seu público
invisível da madrugada
conhece as dores lacônicas do frio a da chuva e o bolso vazio todos os bares
fechados
ele ri seu humor é áspero
esfola minha pele delicada
em fachadas descoloridas
seus dentes mordem um fiapo mínimo
de tranquilidade
pausa pra fumar um
cigarro em paz talvez encontrar alguém que o escute por mais de
dez minutos
porque éramos inocentes antes de tudo isso
venenosamente fluímos um para o outro
feito
rinocerontes selvagens idiotamente digo adeus
até mais
abrupta, na verdade, tenho as costas muito curvas tenho tempo
e até opacidade e um oco
magérrimo cravado no rosto dele
questão de provar que sou crânio pó e osso aberto aos comentários
eventuais e sintéticos que escuto pra me aproximar mais
dele
e não consigo
27 setembro 2010
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