vem
sem demora
sem fôlego
sem dinheiro
sem vergonha
a probabilidade
de não vires
remota
como
os terremotos
quando vem,
apaga os dedos
nas minhas
feridas
ascesas
tuas pernas
giram através das
transparências
óbvias
dos teus olhos
uma vez por semana
sou todos
teus sapatos
caros
teu cigarro
apagado
no copo
de uísque
ti-li-tlim-tlim
ainda cheio
trêmulantes gelos
escorragam da tua boca
mentirosa
me olha me
fode
um sorriso
fulminante
ascende meu
fogo no
Vulcão da tua
virilha brilha um
sol nascente
queimando
todo o resto
resta
tua saliva
na minha
lá fora
o mundo
inteiro
cheirando a
orvalho
antigo
e preguiça
vem
esnobe
escondido
bem no peito
o amor estreito
que sinto
porra!
que sempre
senti
por
27 agosto 2010
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