27 agosto 2010

teletaxi

vem
sem demora
sem fôlego
sem dinheiro

sem vergonha
a probabilidade
de não vires
remota
como
os terremotos
quando vem,
apaga os dedos
nas minhas
feridas

ascesas
tuas pernas
giram através das
transparências
óbvias
dos teus olhos

uma vez por semana
sou todos
teus sapatos
caros
teu cigarro
apagado
no copo
de uísque
ti-li-tlim-tlim
ainda cheio
trêmulantes gelos
escorragam da tua boca

mentirosa
me olha me
fode
um sorriso
fulminante
ascende meu
fogo no
Vulcão da tua
virilha brilha um
sol nascente

queimando
todo o resto
resta
tua saliva
na minha
lá fora

o mundo
inteiro
cheirando a
orvalho
antigo
e preguiça
vem
esnobe
escondido
bem no peito
o amor estreito
que sinto
porra!
que sempre
senti
por

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