O medo de me perder vai até onde sinto nas palmas das mãos frias, se digo frívola que não te quero mais com a indiferença nos gestos do que fica. Feito pedra olho com a tristeza mansa do que ficará para poeira. De nós, que já estávamos aqui antes e restaremos para depois dos teus netos...quando tudo ficar pó quero apenas que seja como for, meu amor, segurar as tuas mãos até que durmas.
Sei do perigo escuro que é permanecer. Encerrada dentro da vida me tornando todo dia um mero detalhe teu.
Esqueço o trabalho vou para tua casa de trigo e de sol num mundo em núpcias que inventei para te ver melhor sem olhar. Se por exemplo sinto fluir teu sangue até o último suspiro, devagarzinho, esvaindo-se. Em ato e potência. Decaídos na cama de lençóis imundos.
Não estou aqui, nem quando quero, nem quando posso. Mas sou bem mulher ao teu lado. Mulher de carne e ossos. E te dou como ninguém risadas rasgadas, gostosa que sai da boca do meu estômago se enche de pequeninas libélulas quando você, amigavelmente, me beija até a efemeridade do teu acridoce a tua pele tem cheiro de algodão.
Sinto fome mas não lavo as frutas, não me basto. No entanto, mosaicos ínfimos, de mim me alimento sem apetite.
07 julho 2010
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bom como abraçar sem esperar
ResponderExcluirPiranha de metal blabla Miradulo mircxcurio
ResponderExcluirhttp://miradulomircxcurio.blogspot.com/