Nunca mais os dias de chuva serão os mesmos, pois eram os teus cabelos que estavam molhados e nas ruas da praça do relógio- em meu mundo ordenadamente caótico- só havia nós dois.
E você falando comigo através das lentes dos óculos minúsculas gotas de luz brilhavam tanto um brilho que só poderiam vir de mim pois o céu era um triste veludo púmbleo e eu me pegando enamorada de um estranho doida para me deitar em seu encantador sorriso tímido, encantador sorriso tímido -com duas covinhas convidavam um amor cheio de mistérios e melodias, como um baile, Pedro, de máscaras.
Escondia o rosto na barba feia e rala e eu sei de olhos tão pequenos me amargam agora quando lembro da alma que tinha o teu olhar. Eu sei que é velho e repetido o que te digo do nosso dia de chuva entre tantos outros dias
Em que lágrimas prismáticas cairam do céu, frias e benditas, Rafael, diabético e esuivo tinha tantas amiguinhas chatas, as quais eu não curtia, te sufocavam.
Desapareceu como o orvalho nas manhãs de brisa restou-me apenas esperar que a lilás flor do estio brotasse na Pedra do teu coração de rocha. O meu magma por dentro inerte nesta forma de flor espero reencontrá-lo encarnado no espírito
beija-flor.
05 julho 2010
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