30 junho 2010

cidra cereser

não adianta nem
morrer
de amor em todas
as paradas de
ônibus alguém vai contar
piadas
sobre
o teto um sol que sua pele
não deseja sua
vida invisível e
vazia como latinhas de
coca na calçada

sua tia sopra cinza
na sua cara alguém ri
da sua camisa
amarrotada não

adianta nem
ir embora se a sua
cabeça fica
no lugar
do estômago bate um
coração
desordenado você tenta

desviar o foco
sempre volta
para as palavras
que carrega
nas costas
entre linhas e
suspenses
quem sabe
um dia
você não leva
um tombo na avenida
de perder os
dentes

4 comentários:

  1. "no lugar
    do estômago bate um
    coração
    desordenado você tenta

    desviar o foco
    sempre volta
    para as palavras
    que carrega
    nas costas"

    ResponderExcluir
  2. to por aqui, tauã. :)
    brigado, mas agora tá bem fácil de mexer no layout. na verdade eu tenho uma preguiça danada de mexer em design de site. fiz pq tava muito fácil. neste caso, o importante é o que está escrito. não leve meu blog a serio. é só uma válvula de escape e uma forma de eu me treinar, sabe, ter aquela "obrigação" postar algo novo, de ir melhorando na escrita, já que trabalho com isso. sei lá.
    sempre entro no seus blogs, pq gosto de ver boas referências e nos últimos tempos seus textos tem sido isso.
    abraços, querido.

    ResponderExcluir