bem conservados em latas deisel duas da manhã na loja de convivenicências os jovens apertados nos banheiros uns restos de rostos moídos sempre sujos nos cantos obscuros da privada e da pia uma sujeirinha que não sai do imaginário popular.
As moças sabiam se locomover através de umbigos untados de alergias aos piercings e chupando cigarros com pós brancos na bolsa, no nariz e nos rostos ocupados sentei ao teu lado mas até hoje mesmo quando me mostra seus truques bobos de mágica tão só reparo nos olhos de água líquida escorrendo meio amarelados garganta adentro algo que parecia ser cerveja.
Queria abraçar com dentes moles as nuvens até a janela lacrada do avião ingerindo tóxicos iogurtes semi-desnatados com café preto como o fundo de xícaras vazias e caladas todas as mulheres iam de um lado ao outro em uma enorme e grandiosa marcha em direção ao mictório e todas, eu disse, todas estavam infelizes, afinal, eram quase quatro da manhã em pares de pernas roxas de frios e lábios ressecados seguiam chupando cigarro.
A madrugada é dela, só dela.
Queria sentir-me bem apenas deixei estar a porta do carro apenas encostada ao lado tinha um som ruim muito alto como os saltos das meninas sabiam se interporem nos intervalos entre os dentes de metal rangendo as articulações expostas seria tão lento e mórbido quanto o ar pesado que todos respiravam juntos pois também os peixes não enxergam a opacidade do meio em que vivem,
O ar de urânio e chumbo era invisivel para nossas míopes percepções argutas e todos respiravam aliviados a densidade de seus próprios abismos porque no tártaro o tempo é elástico ao infinito cheio de rancores, vinganças, remorsos e memórias inventadas.
mas os jovens sempre velhos cansados cheiravam talco em creme e gasolina embaixo de axilas fustigadas pelos sabonetes ásperos de hoje em dia.
no futuro irreal que era passado e além de todas aquelas brigas, mini-saias dançavam cada vez mais bezuntados de vaselina se expunham indiscretas em faces distorcidas como gastos espelhos de bar impossível me escondia entre as pernas incompletas da mulher de preto engolindo pílulas que você se tornou.
nada mais horripilante que os sorrisos na hora do gozo e a histeria coletiva que vem com o seu saquinho de ruffles, catchup e long-necks nacionais pra mastigar palavrões trident ter em hálito hipnótico e mais bonito.
15 junho 2010
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