em processo processo processo de
esgotamento mental o corpo se contorce
em dores violentas de vida
em vivas vísceras enchem-me carboidrato hidrocromátides e fadas
lilases passeiam rastrozinhos de luz dentro dos olhos
sou boa moça casta e crua nascida da boa gordura do queijo
de frescor tomate
e cheiro de erva da terra
pulp-frutas silvéstricas
do suco seco do sertão
estou em processo processo
de desobstrução perversa da água e dos pantanais
bichos que se enroscam em minhas pernas amazônicas
e os esmago cegamente
de rugas fundas e cuias
de chimarrão
erva mate-se de limão a tarde a cadeira posta em posição de lotus
o sol varre a varanda e se vai alaranjando
em processo processo de putrefação
meu corpo se deprime em ostra
em purulentas amarelas feridas felizes dizendo sim
à desintegração
sou velha ferida na terra um coração
partido de boi no espeto
um receio em processos cíclico de reintegração lógica ao meio-hábito
macacos e maças
nutrindo varizes, viva o que continua além
de mim:
estímusculosos a cienciontogênesi do torcido olhando pro lustre
ao balançar das flores roxas do jacarandá
Sou terra e pó um coração moído de boi
nutre-me o corpo e as frutas silvestres que só as flores interessa
o perfume em Cadeias de aminoácidos espalhados pela via inteligente
da Terra in naturas
Nattera
28 abril 2010
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