28 abril 2010

outono

o galho do velho carvalho
a folha
amarela em sua queda
deixou mas
Zéfiro
a tomou
e dançaram
aos raios
de sol diante dos meus
olhos fugazes
passaram ela
se enlevou
tão folha a própria volu
bilidade do vento mas nada
nada...nada...
o faria ficar com ela além
de voar assim como veio levá-la
se foi
quedar
outras
folhas

arrepiar outras pétalas
leve de cada céu distante que carregava no peuto
e de voar com pássaros e odores místicos para
a Índia
ela jamais iria
com ele sequer
em sonhos

e quando a brisa
era ainda mais leve
minha mão a esmagou e guardei depressa
em meu
bolso com todo
cuidado em pedaços subi
até o mais alto
e a atirei
de volta
ao céu ventava forte voltei para casa
com as mãos nos bolsos
vazios
do casaco

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