quando chegares
de tanta saudade
vou direto ao teu olho
quero ver bem
o que lá tem
que tanto imagino que amo
e pedirei ao teu Demônio
que
conheça os meus demônios
antes de te tocar
beberei do brilho do teu olhar
gota por gota
até esgotar
qualquer possibilidade de fuga
do teu campo magnético
e após ser envolvida pela tua aura
e sentir calores,
com calma,
escandalizarei minha pele com o morno da palma
da tua mão tranquila
quando chegares
de tanta saudade
tatear-te-ei em quarto escuro
e, através de sussurros,
implorarei pela
tua carne em minha carne
e lambuzarei de mel e saliva
teu falo teso
e quando entrares
no templo proibido
do meu corpo
emaranharei meu rosto
no grosso
dos teus pelos e
morderei de leve teus dedos
enfiá-los-ei em mim, enfim,
gozare…