16 julho 2016

sobre sábados

sábados são vagos
como são os afagos
do meninos drogados
afoitos e afogados
em perspectivas e perseguições
são lindos lírios em seus devidos lugares
delirantes vagões sublunares
sou eu pedindo desculpas após pisar
nos pés de alguém
tentando pegar bebidas
no balcão
sendo totalmente
ignorada
sábados são como subitamente
tropeçar seus olhos
no boy magia
e imaginar carentes carícias: carne vai, carne vem
e no fim
têm mais gel do que deveria
têm pouca purpurina
sábados são ocos,
tolos e
os outros,
nos quais eu trabalho até tarde e vou dormir de porre de
porra nenhuma,
são mais interessantes
são os que levam a diante a semana
sórdida seguinte
porém
os sábados são os únicos capazes de me arrepiar a nuca
são insanos e são
tão poucos
ao longo da semana


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