17 julho 2016

Malandro quando ele olha com rabo de zói espiando atrás do cigarro paieiro
Eu fico bamba as cadera me dói de tanto balançar minha rede
O peixe que me atira o anzol me pesca me leva pro tanque
Me mói
Tira minha cabeça e o resto
Come com shoyo
Vem cá ver, eu lhe mostro
O monstro mora na minha
Barriga
Por isso agora sem tripa
Lhe digo
Pode comer o meu
Corpo nu
No seu aquário sou raro e
Fecundo
Suas paredes de vidro
Um mundo
O passo se peco me perco
Me rói
Ruído sofrido de ser vagabundo,
Invado seu mundo me mudo
E mudo calado me abate um baque profundo
E tá difícil e lindo e sublime
Subir o declive enfrentar o declínio
Não tenho nome, nem fama,
Nem fé eu sou só
Um passarinho subindo
Eu sou só
Um passarinho subindo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário