16 julho 2016

Vanessa Yves

lenta, gótica e lânguida
saltei na selva satânica
cai na solidão
de para-quedas nesse paredão
o muro me esmurrava e só dizia
não
as cores eram cinza-espuma em comunhão com minha sintonia e meus sintomas de confusão
desabava água dos meus olhos e lá do céu - que agonia não se via pássaros apenas meus passos molhados caídos em água fria do chão]
lerda, lógica e titânica
levantei os cílios borrados de rímel e ri, meu deus, o mel
é mais doce entre o tétrico e o tântrico 
Vá com Baco, meu amor
nem que seja pro Buraco e essa dor, esse uivo,
vai passar do ponto
vai virar churrasco
vai virar fiasco e o primeiro convidado
comerá farias cruas do meu coração

Nenhum comentário:

Postar um comentário