20 junho 2013

tempo, mano véi

o tempo está passando e os detalhes talhados em sua face
revelavam aflição
mesmo que todo filho seja único como um sábado na cidade
você sabe
que não é bem assim

o temo está passando e você a esperar por um tempo que não passe
quem sabe
dentro do caixão

quem sabe dormir não seja a metáfora de sonhar
e morrer e adoecer e padecer de amores sórdidos
não seja o que se espera passar
o tempo
das feridas secarem
para que novos vômitos de pus cutâneos ou cerebrais
nos acometam

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