ela tem nervos
de tudo sentir
o tempo
o mesmo
aplauso
cólicas e
aspirinas
entre as coxas
andar sozinha
nas extensões
sólidas
da sua
solidão
de abrir com os dentes
uma cerveja num rasgo
raso na chuva
seus pés
molhados de
chão
em
pedra
fria
jorra da sua barriga
água santa
sangue
benta se banha
em licoroso e
amaro
vinho
ela é minha
passarela
passaredo
paraíso
sou o pedreiro
e pedestre
vou construíndo
abrigo
de rumores
antigos
amores
que lhe metiam
a boca no focinho
lhe cuspiam
nos riscos
dos olhos
caninos
se lambiam
um ao
outro
se diziam
em verdade
vultos
da vera
cidade
que em seus desenhos
de água clara
e verão
em
cachoeira
calma
uma mansidão que
grita
como a gruta funda
ainda mais escura
que
a escuridão
da sua
alma...
25 abril 2011
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