26 junho 2010

Diamante Negro

dedico a você todos os bombons desprezados na caixa e a
própria caixa vazia toda
minha petulância e apego às tuas mãos

chegam a me dar pena
tuas pernas trêmulas

chega a me dar ânsia
de enlaçar a minha personalidade
a tua quando bebo vódica
me umbiguilizo pródiga e ambigua digo
com a língua bem
entre os dentes

Lacta

pra morder
te derreter na língua

Umecta

mergulhar o rosto
lamber tuas
lágrimas

Cactus

pra doer na garganta
a saudade
de ti

Águas
de flor
na pele
em
brasas

Sais
de banho e espuma
de cremosidades
espessas

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