olhando daqui
nunca vi mãos tão belas
tecido, diamente, ouro
puro nada se compara a ela
alvas planícies em
labirínticas cadeias
venosas
o altivo semblante
um pouco
pálido
um pouco
tísico
os olhos
de obituário
olhando daqui...
por mais que seja rica
carrega uma rara
solidão que ninguém jamais
se arrisca achegar-se a ela
olhando daqui
debruçada na torre
de trovão sobre a noite que não vive
suspira
seu marfim
a mais sublime
tão cândida
flor
a qual
nenhum
mortal ousou
De óculos escuros
a de lábios virgens
desdenhados de batom
afoitos ardores
esperam...
o ouro que a fulaninha
da esquina
já regalou...
11 agosto 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário