17 julho 2016

O saco vermelho do Papai Noel
Não atravessei o
paraíso para aquilo
que pensei 
sou tolo
como qualquer outro
que torce apenas para que a sorte
venha antes da morte
e no meu leito de desespero
comi mingau de arroz e peido:
tudo morre,
tudo morre,
tudo um porre sem fim
tudo sobre você sem mim
Cheguei quase no meio da festa
era a fantasia final
no baile de prematuros,
natimortos
ou natiruts
a dor era fecal
agonizando peixe e azia
a tia da cozinha sabe mais da fina filosofia que meus velhos óculos
adivinham
estou cansado
e é natal
estou cansado
e é natal
estou um saco...

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